Novos bloqueios de estradas ocorrem na Bolívia, enquanto aliados de Morales ameaçam manifestações em massa
Os bloqueios rodoviários ainda causam preocupações aos exportadores bolivianos, uma vez que os protestos abalaram o departamento de Cochabamba nas primeiras semanas de 2024. Enquanto isso, os apoiadores do ex-presidente Evo Morales ameaçam convocar manifestações em todo o país, no meio de uma disputa em torno do poder judiciário.
Os apoiadores de Morales planejavam iniciar uma mobilização nacional por tempo indeterminado nesta quarta-feira para exigir a renúncia de magistrados que tiveram seus mandatos estendidos por meio de uma decisão do tribunal constitucional, no mês passado, e convocar novas eleições para escolher seus substitutos.
O tribunal também decidiu em dezembro que Morales não poderia concorrer às eleições presidenciais de 2025.
A eleição para juízes deveria ter sido realizada em 2023, mas foi adiada porque o Congresso não apresentou as listas de pré-candidatos ao tribunal eleitoral.
Embora o protesto nacional dos apoiadores de Morales tenha sido remarcado para a próxima semana, players do mercado temem que isso possa agravar o impacto dos bloqueios na economia.
“Todo mundo sabe que o desempenho insatisfatório de 2023 está vinculado aos bloqueios. O crescimento do PIB deveria ter sido de 4,86%, contudo, é possível que tenha atingido apenas 2%. Depois de três anos, o comércio exterior voltou a ser negativo e as exportações do país despencaram US$ 2,5 bilhões até outubro, não só por causa dos preços mais baixos, mas também por causa dos volumes mais baixos”, avaliou Gary Rodríguez, diretor do Instituto Boliviano de Comércio Exterior (IBCE), à BNamericas.
Enquanto isso, a associação empresarial de Cochabamba, FEPC, estima que até agora os bloqueios geraram um prejuízo 115 milhões de bolivianos (US$ 16,6 milhões) ao departamento, neste ano.
“A facilidade de interromper o livre trânsito nas principais rodovias, bem como a falta de ação imediata das autoridades exigidas por lei para resolver conflitos sociais, criam um estado de grave incerteza jurídica, que atua contra os esforços do setor privado”, afirmou o diretor da FEPC, Luis Laredo, em um comunicado de imprensa.
Entretanto, o governo acusa Morales de tentar sabotar a economia através de bloqueios rodoviários com a pretensão de salvar sua carreira política, após a decisão que o impediu de participar nas eleições de 2025.
O ministro do governo, Eduardo del Castillo, que há muito tempo vem sendo alvo de ataques por parte de Morales, disse que o ex-presidente estava agindo de acordo com “interesses pessoais”.
“A coerência e o diálogo devem sempre vir em primeiro lugar, mas infelizmente há uma pessoa em nosso país que não está interessada nisso”, declarou Del Castillo aos repórteres, referindo-se a Morales, a quem acusou de tentar desestabilizar o governo liderado pelo presidente Luis Arce.
Arce é um ex-aliado de Morales e foi ministro da Economia durante a maior parte do mandato de seu último no governo, que durou de 2006 a 2019.
O subsecretário de coordenação governamental, Gustavo Torrico, afirmou que Morales estava tentando desencadear eleições gerais antecipadas.
Ele também acrescentou que esse também era o objetivo de figuras da oposição, como o governador de Santa Cruz, Luis Camacho, e o ex-presidente Carlos Mesa.
“[Morales, Camacho e Mesa] são completamente diferentes em termos de ideologia, mas estão unidos por um interesse comum, boicotar o governo de Luis Arce, derrubar o governo de Luis Arce. Eles não querem esperar até 2025. Eles querem fazer isso agora”, disse Torrico, citado pela agência de notícias estatal ABI.
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